Morrer no espaço virtual não é fácil. Evitamos um convívio próximo com o fantasma da morte, considerado, na nossa cultura, inoportuno, macabro e de mau gosto. Contudo, online, ele está por todo o lado. As pegadas digitais de uma pessoa falecida vagueiam eternamente e sem rumo, reaparecendo de forma intempestiva aos olhos de todos os seus contactos. Estaremos nós condenados a tornar-nos fantasmas digitais? Seremos já testemunhas involuntárias da impossibilidade contemporânea de desaparecer e de esquecer? De que modo estará isto a alterar subtilmente a nossa relação com a morte, agora que Facebook, Instagram e WhatsApp se transformaram no maior cemitério do mundo?
[Este livro foi traduzido com o apoio do Centro para o Livro e a Leitura do Ministério Italiano da Cultura.]
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