Histórias inéditas. Documentação rigorosa. Um livro surpreendente.
As senhas da Revolução, é sabido, foram duas canções que fazem hoje parte do cancioneiro da Música Popular Portuguesa. O papel da música no derrube da ditadura não começou apenas, no entanto, na madrugada de 25 de Abril de 1974. Antes da revolução política, uma revolução cultural antecipou o fim da ditadura. O regime estava por um fio e o sopro inspirado da música popular portuguesa foi a banda sonora para transformações decisivas. 1971 foi o ano do golpe musical, com protagonismo de publicação de discos emblemáticos de José Mário Branco, Sérgio Godinho, Adriano Correia de Oliveira e Carlos Paredes, mas também de Duo Ouro Negro, Tonicha, Amália Rodrigues ou Marco Paulo; o ano do primeiro Cascais Jazz e do mítico Festival de Vilar de Mouros; o ano que deu à música portuguesa e ao movimento dos capitães a canção-senha “Grândola, Vila Morena”.Neste trabalho de investigação é feito um levantamento rigoroso, exaustivo e em grande parte surpreendente que documenta o modo como a música popular portuguesa abriu as portas para o clima cultural, social e político que desencadeou o dia “inicial inteiro e limpo” e que mudou Portugal há 50 anos.Para este livro foram entrevistadas 45 personalidades da música portuguesa, dos mais diversos géneros e quadrantes; protagonistas como Sérgio Godinho, Manuel Alegre, Marco Paulo, José Cid, Manuel Freire, Fernando Tordo, José Jorge Letria, Bonga, Quim Barreiros, Maria da Fé, Francisco Fanhais, Rão Kyao, entre outros, incluindo os familiares de José Mário Branco, Duo Ouro Negro, Charlie Haden, ou Carlos Paredes, tendo algumas das histórias recolhidas sido publicadas parcialmente no Observador. Foi também analisada uma extensa bibliografia, foram consultados mais de 700 jornais e cerca de duas centenas e meia de revistas. As histórias recolhidas e a análise desta vasta documentação – tratadas simultaneamente com o rigor de um estudo aprofundado e com a desenvoltura da linguagem jornalística – lançam pistas novas e um olhar inédito sobre o momento em que a música popular portuguesa iniciou uma revolução antes revolução.O AUTORLuís de Freitas Branco é mestrando de Ciências Musicais, na Faculdade de Ciências Sociais de Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Consultor de Comunicação e crítico musical. Passou por diversos órgãos de comunicação social, quer em Portugal (Público, Blitz, Diário Económico, Jornal i e Observador) quer no Brasil (O Globo). “A Revolução Antes da Revolução” é o seu primeiro livro; uma incursão editorial que se insere numa tradição familiar de escrita e reflexão sobre música: é trineto do compositor Luís de Freitas Branco e bisneto do musicólogo João de Freitas Branco.
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